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A Costa Nova do Prado
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A Costa Nova do Prado | ![]() |

A prosperidade das cidades à beira Ria - Ílhavo, Aveiro, Murtosa, Estarreja e Ovar, entre outras, durante séculos, esteve diretamente relacionada com os períodos em que a comunicação das águas entre a laguna e o Mar – a “barra”, esteve aberta. Nos períodos em que os depósitos de areia impediam a saída das águas (já que não existiu uma barra permanente, artificialmente aberta, até inícios do século XIX), toda a região se ressentia: os campos, alagados de água que não escoava, impediam a agricultura, não se fazia o comércio marítimo nem a produção de sal e a insalubridade traduzia-se numa fácil propagação de doenças e elevada mortalidade. As populações pressionavam a Coroa mas só com a subida ao trono de D. José I e o impulso reformista do Marquês de Pombal, em meados do século XVIII se iniciaram as ações que virão a culminar, meio século depois, a 3 de abril de 1808, na abertura da Barra, obra de engenharia complexa, num contexto de ausência da Corte Portuguesa no Brasil e da eminente segunda invasão francesa a Portugal.
Uma vez aberta a Barra da Ria de Aveiro, tornou-se de imediato atrativa a fixação nessa “Costa Nova”, língua de areia que se estendia quase até à Vagueira e que, a sul da nova barra, se encontrava formada e, agora, estabilizada. Os pescadores ilhavenses, da laguna e da costa marítima, que se organizavam em companhas (ou campanhas) - agrupamentos de pescadores onde cada um participava com o seu trabalho e um pequeno capital aforrado, representando o seu quinhão (coordenados por um arrais), depressa aí se instalaram dedicando-se, entre outras artes de pesca, à xávega (técnica de arrasto onde se pratica o cerco ao peixe com uma rede que varre o fundo arenoso, disposta por uma característica embarcação a remos – a meia lua, ficando essa rede ligada a terra por cabos e sendo posteriormente puxada para terra com recurso a juntas de bois).
Aí erigiram uma pequena capela (em 1822), de madeira e coberta de junco. Simultaneamente, erigiram palheiros, armazéns de madeira para guardar as alfaias da pesca, inicialmente, e pernoitar, mais adiante, ou ainda armazéns de salga, para conservação do pescado. São estes Palheiros (e podem ainda ser vistos alguns nas suas cores e formas originais – em madeira, pintados, ou não, com as cores preto e vermelho ocre) que virão a constituir-se como a raiz arquitetónica dos coloridos palheiros riscados.
Em meados do século XIX já a Costa Nova era muito procurada pelas figuras da sociedade, local e nacional, nos meses estivais. O advento do liberalismo em Portugal conduzia à ascensão da burguesia e à valorização social do tempo de ócio e das férias, enquanto pausa na vida quotidiana, pautado também pela moda de “ir a banhos” e pelos passeios no campo, bem como pela defesa da prática de atividades desportivas. A Costa Nova, entre o Mar Atlântico e as “calmas” águas da Ria, corporizou fortemente esse novo espírito surgido a meados do século XIX, atraindo e moldando-se enquanto charmosa estância balnear, suportada numa dinâmica comunidade piscatória que, progressivamente, foi avançando” para sul. A estética dos palheiros, marcante e plenamente inserida nas modas europeias de frequência das praias, lembra padrões das barraquinhas de praia e dos trajes de banho da época.
José Estêvão foi um desses notáveis – parlamentar liberal da região, que terá adquirido um palheiro na praia da Costa Nova e onde se reunia, no primeiro quartel do sec. XIX como figuras de proa das artes nacionais, associados ao movimento do realismo e à “Geração de Setenta”, como sejam Eça de Queirós, Guerra Junqueiro ou Oliveira Martins. No final da década de 40 deste século a procura dos veraneantes tinha também já conduzido à construção, a norte da Costa Nova, de grandes edifícios em adobe, verdadeiras mansões para a época. Estas edificações, algumas das quais podem ainda ser apreciadas, refletem os estilos arquitetónicos/decorativos da Arte Nova e, principalmente, do movimento que se lhe seguiu – o modernismo.
Em 1837 iniciam-se os festejos da Nossa Senhora da Saúde que, aos poucos, se torna uma das manifestações religiosas da região e 1845 é o ano de nascimento do mítico arrais Ançã que, em 1886, galharda e destemidamente, salva de afogamento, às garras do cão danado, como chamava ao Mar, trinta e um franceses e que, por tal feito, foi condecorado pelos governos francês e português (de D. Carlos). Na Costa Nova existiam, por esta altura – 1874, salas de teatro, locais de convívio e diversão onde, no verão, aconteciam festas, bailes, exposições, palestras mas também regatas e outras atividades…
Principais pontos de interesse
- Os palheiros e o restante edificado, especialmente as influências Art Nouveau e o Modernismo;
- O Mercado do Peixe da Costa Nova;
- O Cais dos Pescadores da Costa Nova;
- O Clube de Vela da Costa Nova;
- O Cais Criativo da Costa Nova;
- Os passadiços da frente marítima da Costa Nova
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